Assédio Moral no Trabalho: Como Identificar e o Que Fazer

O ambiente de trabalho deve ser um espaço de colaboração, respeito e desenvolvimento profissional e o assédio moral é um problema que assombra as empresas.

No entanto, em algumas situações, esse espaço pode se tornar um terreno fértil para o assédio moral. Um comportamento repetitivo e abusivo que visa humilhar, desestabilizar ou prejudicar o trabalhador. 

Esse tipo de conduta não só impacta a saúde mental e emocional da vítima. Como também afeta sua produtividade e o ambiente de trabalho como um todo.

Vamos ver mais sobre esse assunto? Nos acompanhe na leitura!


Principais Sinais de Assédio Moral no Ambiente de Trabalho

Reconhecer os sinais de assédio moral no ambiente de trabalho pode ser desafiador, especialmente porque muitas vezes essas práticas são sutis e progressivas. 

No entanto, existem comportamentos recorrentes que podem indicar a presença dessa conduta abusiva. 

Primeiramente, é comum que a vítima se isole dos demais colegas. Seja através de exclusões de reuniões importantes, seja pela redução de suas interações sociais no ambiente de trabalho. 

Além disso, outro sinal frequente é a crítica constante e desproporcional ao desempenho do trabalhador, muitas vezes sem justificativa ou de forma humilhante, o que tende a minar sua confiança e autoestima.

Outro aspecto relevante é a atribuição de tarefas impossíveis de se realizarem dentro dos prazos ou capacidades estabelecidas, com o intuito de criar uma sensação de incompetência e fracasso. 

Soma-se a isso a prática de sobrecarregar o funcionário com uma quantidade excessiva de trabalho, sem suporte adequado, o que gera estresse e desgaste emocional.

Ademais, a disseminação de boatos e informações falsas sobre o trabalhador é uma tática utilizada para desestabilizá-lo e prejudicar sua imagem perante os colegas e superiores. 

Por fim, ameaças veladas ou explícitas sobre a segurança do emprego ou a integridade da carreira são sinais contundentes de assédio moral, que visam intimidar e controlar a vítima. 

Esses sinais, quando observados de forma repetitiva e sistemática, configuram um quadro de assédio moral. Quando se exige uma resposta assertiva e legal por parte da vítima e das instituições envolvidas.


Impactos do Assédio Moral na Saúde do Trabalhador

O assédio moral no trabalho não apenas compromete a integridade profissional do trabalhador, mas também deixa marcas profundas em sua saúde física e mental. 

À medida que a exposição a comportamentos abusivos se torna constante, a vítima começa a manifestar sintomas de estresse crônico, o que, por sua vez, pode desencadear uma série de problemas de saúde. 

Inicialmente, é comum que o trabalhador experimente ansiedade e uma sensação persistente de angústia, sentimentos que podem evoluir para quadros mais graves de depressão.

Além disso, o impacto psicológico do assédio moral frequentemente se reflete no corpo, com o surgimento de dores de cabeça, distúrbios do sono e fadiga extrema. 

Essas manifestações físicas se agravam pela constante tensão a que a vítima está submetida. Isso pode levar ao desenvolvimento de doenças mais sérias, como hipertensão e problemas cardíacos. 

Não é raro que, diante dessa situação, o trabalhador comece a apresentar sintomas de síndrome de burnout. Ela se caracteriza por exaustão emocional, despersonalização e uma diminuição acentuada da realização pessoal no trabalho.

À medida que esses sintomas se intensificam, a capacidade de concentração e a produtividade do trabalhador diminuem drasticamente. O que acaba criando um ciclo vicioso em que o rendimento profissional se compromete, e o assédio tende a aumentar. 

Em muitos casos, o impacto é tão severo que a vítima sente a necessidade de se afastar do trabalho. Seja por meio de licenças médicas ou até mesmo por considerar a possibilidade de desligar-se definitivamente da empresa. 

Dessa forma, os danos causados pelo assédio moral transcendem o ambiente de trabalho, afetando a qualidade de vida do trabalhador em todos os aspectos. Isso requerer atenção e intervenção imediata para evitar consequências ainda mais graves.


Como Identificar o Assédio Moral: Exemplos Comuns

Identificar o assédio moral no ambiente de trabalho pode se complicar, especialmente porque muitas vezes os comportamentos abusivos são sutis e disfarçados como simples conflitos ou exigências do dia a dia. 

Para começar, é importante observar situações em que o trabalhador é repetidamente alvo de críticas excessivas ou desproporcionais, muitas vezes em público, de forma a humilhá-lo diante de seus colegas. 

Outra situação indicativa de assédio moral é a atribuição de tarefas que estão claramente fora das capacidades ou do escopo de responsabilidades da vítima, com o objetivo de forçá-la ao erro. Isso é frequentemente acompanhado por uma pressão injustificada para que essas tarefas sejam realizadas em prazos impossíveis, o que coloca o trabalhador em uma posição de constante frustração e estresse. 

Além disso, é comum que a vítima seja deliberadamente excluída de reuniões importantes ou de comunicações internas, privando-a de informações essenciais para o desempenho de suas funções e, consequentemente, comprometendo seu trabalho.

Também é relevante mencionar a prática de ignorar ou desconsiderar sistematicamente as contribuições do trabalhador, como se suas opiniões e esforços não tivessem valor. Essa forma de assédio pode levar a vítima a sentir que é invisível ou irrelevante no ambiente de trabalho, contribuindo para um sentimento de isolamento e desânimo. 

Em casos mais graves, o assédio pode se manifestar por meio de ameaças veladas, como insinuações de que o trabalhador poderá ser demitido ou de que sua carreira será prejudicada se ele não cumprir certas exigências ou se não se submeter a determinadas condições.

O Que Fazer ao Identificar o Assédio Moral no Trabalho?

Ao identificar o assédio moral no trabalho, é fundamental que a vítima adote uma postura proativa para lidar com a situação, ainda que o medo ou a incerteza possam inicialmente prevalecer. 

O primeiro passo é documentar cuidadosamente todos os episódios de assédio, registrando datas, horários, locais, e o conteúdo das interações, bem como o nome de testemunhas, se houver. Essa documentação será essencial para fundamentar qualquer denúncia ou ação futura.

Além disso, é importante buscar apoio emocional e psicológico, seja através de amigos, familiares, ou profissionais, como psicólogos ou terapeutas. O impacto do assédio moral na saúde mental é significativo. Contar com uma rede de apoio pode ser fundamental para manter a clareza e a força necessárias para enfrentar a situação.

Em paralelo, a vítima deve procurar os canais internos da empresa destinados a tratar de questões de comportamento inadequado. Como o departamento de Recursos Humanos ou uma ouvidoria, se disponível. Esses setores têm a responsabilidade de investigar as denúncias e tomar medidas corretivas. 

No entanto, se a resposta da empresa não for certa ou se o trabalhador não se sentir seguro em reportar internamente, é possível buscar orientação externa. Tais como sindicatos, advogados especializados em direito do trabalho, ou órgãos de proteção ao trabalhador.

Em casos mais graves, onde o assédio moral persiste e a empresa não toma as medidas necessárias para resolver a situação, a vítima pode considerar a possibilidade de ingressar com uma ação judicial. Esse recurso deve se utilizar como último recurso. Quando todas as tentativas de resolução interna falharem, mas é um direito do trabalhador que não deve se ignorar.


Direitos dos Trabalhadores em Caso de Assédio Moral

Os trabalhadores que enfrentam assédio moral no ambiente de trabalho têm à disposição uma série de direitos que visam protegê-los e garantir que essa prática abusiva seja devidamente enfrentada e punida. 

Primeiramente, é fundamental que o trabalhador saiba que o assédio moral é uma violação dos direitos fundamentais previstos na Constituição Federal. Como o direito à dignidade, à saúde, e ao ambiente de trabalho saudável. Essa proteção constitucional assegura que nenhuma conduta que atente contra a integridade moral do trabalhador seja tolerada.

Quando se constata o assédio moral, o trabalhador tem o direito de denunciar a prática junto aos órgãos competentes, Como o Ministério Público do Trabalho ou os sindicatos de sua categoria. 

Essas instituições têm o dever de investigar as denúncias e, se for o caso, acionar a empresa para que as devidas correções se realizem. 

O trabalhador também pode buscar reparação judicial, ingressando com uma ação trabalhista para reivindicar indenização por danos morais sofridos em decorrência do assédio.

Outro direito importante é o de solicitar afastamento do trabalho, se o assédio moral estiver causando danos à saúde física ou mental do trabalhador. 

Nesse caso, é possível buscar apoio médico e, com o devido laudo, requerer licença por incapacidade temporária. Durante esse período, o trabalhador pode receber benefícios do INSS, como o auxílio-doença, até que esteja apto a retornar ao trabalho.

Por fim, é importante destacar que o trabalhador não pode sofrer retaliação por denunciar o assédio moral. Qualquer tentativa de represália por parte da empresa, como demissão, rebaixamento de função, ou qualquer outra forma de retaliação, é ilegal. E pode agravar ainda mais a responsabilidade do empregador perante a justiça.

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